domingo, 28 de fevereiro de 2010

Família

[...]E afinal todos choraram...
Mas no final, família é tudo.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Amor de mãe

Um dia antes de ir embora, estava arrumando as malas, quando minha mãe exclamou:

- Mas já arrumando tudo? Parece que está com presa de ir...

 Então, fiquei sem saber o que fazer.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sobre o engano

- E então, as pessoas com palavras criam universos?
- Sim.
- Que brilhante! Podemos penetrar no universo dos
outros, podemos neles criar mundos e sensações?
- Sim, espere para ver quando fizerem isso com
você.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Hino solto ao acaso



Guardei a voz
Em um baú profundo
Onde jamais escutariam meu hino
E o entreguei em mãos do acaso
Para que este fizesse partir
Os pedaços esparsos
Daquela antiga canção

Ergui muros altivos
Para proteger
Minha rosa áurea,
Dádiva de amores partidos,
Deusa de sonhos perdidos
Criança de escuridão
Na luz de um dia profano

E lá fui contando os dias
Jogando aos ventos
As flores do tempo
Mortas pela solidão
Até que entre assas de um anjo
De breve relance
Pude um hino escutar

O hino era a voz
Renegada
Pungindo de dor
Todo o amor
Que me pude sonhar
Solto ao acaso

Cansado de voar
Está estrela vésper
Em altos muros veio pousar
E ao ver que ali
Uma rosa parecia existir

Pode enfim confirmar
Que só o seu canto
Os pedaços esparsos
De meu coração
Ele poderia curar         

E que só meu hino
Era digno de sua canção...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Consciência

Folha branca
Dia novo
E uma porção
De coisas antigas
Pungindo
Imputando
Uma dor aguda
Sobre mim.

A natureza não afeta mais o homem "ultra-moderno"



Fizemos uma exposição, no dia 14-02-10, sobre a evolução do homem e a evolução das coisas que esse homem criou, chegando a conclusão de que todo o pensamento utilizado para montarmos essa exposição foi válido. Pois que no dia, houve uma participação quase extinta de pessoas, incluindo a juventude que se sente tão lesada pela falta de cultura, mas que quando vê cultura não consegue processar cultura.
 Ou seja, esse homem, tão acostumado em ter tudo em suas mãos, se tornou incapaz de criar ou mesmo de apoiar a criação. Esse homem que só se interessa em se afirmar estéticamente, tem e merece ter tudo o que vivenciamos hoje.

 As pessoas que se interessarem pelo tema, poderão me enviar um pedido para ter acesso a todo o material do evento.

 Atenciosamente.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Depois de muito tempo ouvindo está música, só com uma elevação astral diferente pude perceber o real sentido da canção. Não basta apenas escutar, é preciso abrir os olhos da imaginação.


ApRoVeItEm.















Vem cá duende maluco, fajuto, pinguço,
Me dá um golinho dessa tua pinga,
Que eu quero de vez no teu mundo entrar.
Toda vez que a gente tromba, tu só me embroma
Me mostra e embaça, mas agora é sério,
Que eu quero de vez pra nunca mais voltar.
Ô minha princesa da terra, Vê se recupera
O juízo e manera dessa tua ânsia
De sair correndo de todo lugar
Sei que teu povo é bizarro e viajam errado
Só vêm teu lado, e se esquecem de todos e tudo
Que de perto estão do seu lar...
Deixa que faz, acontecer e vai bater é ver pra crer
Bem perto estás...
Bem vindo ao mundo onde se pode sonhar...
Cinderelas esquecidas... historinhas de heróis,
Eu poeta sem a musa...
Inaudita a minha voz...
Lindos vales escarlates, borboletas de cristal,
E eu nem lembro mais meu nome, nem o seu...
To viajando nessa onda - Racha Crânio
Chapeludo, de boi brabo, vejo tudo que não vês.
SOMOS OS OVOS DA GALINHA QUE FUGIU!
Cadê o duende que não deixa eu ir embora?
Que doidera, passa a bola, quantas cores podem ter?
SOMOS OS OVOS DA GALINHA QUE FUGIU!
Mas tudo torna e volta a ser...
Chovem músicas e pensamentos,
E o meu tesouro já não é mais meu
Brotam raios, paixões soberbas -
Novas descobertas - Luz Apareceu...
Nunca para e só me destrava
Deixa arrombada - Luz Apareceu
Dá licença, deixa o delírio fluir livremente,
Luz apareceu...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ExPeRiMeNtAl


Inevitavelmente,


Quando sento,
Ando,
Falo,
Sou transportada,
Arrastada,
Por enleios e devaneios.

Me entrego a um sonho lindo
E na transição
De um verbo tão ansioso
O mal de amar
Me acomete,
Me atrai,

Transporta,
Transpõe,
As barreiras de um tempo
Que tão duramente nos separa.

Mas entenda amor,
Sem tocar
Ou apenas indagar,
Estou mais próxima
Do que todas as pessoas
Tão próximas.

Parto deste pensamento
- Tão antes
sem pensar que o pensaria -
De um dia entrelaçar nossas mãos,
Sendo assim induzida,
Levada tão além de um
Agora sujo e hipócrita.

Como se pensar em seu estar
Me mantivesse um pouco encoraja
A suportar todas as mentiras
Tecidas pela vida,

Que sem tecer nosso caso
Trouxe-nos pelo acaso
Até nos encontrarmos,
Tão dentro
Um do outro.

E tão dentro de você
Descobri só o abandono
Do tempo
Que custa passar,
Que se renega a nos dar
Algo tão prometido.

Pois que assim,
Dentro de mim,
Mantenho todas as razões
Para viver,
Para mentir,
Para enfrentar o mundo
Ilusionista.

Unidos,
Sem a consciência
Do tempo,
Do espaço

E das mentiras
Que mentimos.

Quem será capaz
De fazer
Com que nos esqueçamos?

Entenda amor,
Como as palavras
Levam de mim
Para você
A complexidade
Desse complexo
Encadeado
De pensamentos, que me sondam.

Um universo crescendo
Ganhando vida
Onde deveria ser sepultado.

Mas em mim
A uma fala de você
Tão absurdamente alta
Que quando menos percebo
Cá estou eu:

Absorta,

Envolvida,

Inevitavelmente,

Quando sentando,
Andando,
Falando.

Sempre transportada,
Arrastada,
Por enleios e devaneios,

Para mais loucamente
Amá-lo em meus
Profundos
E sinceros
Pensamentos.