domingo, 14 de março de 2010

Luta pela igualdade

 Desde meados de 1790, há na história de diversos países, mulheres que buscavam, em movimentos, desmistificar seu papel inferior ao homem, concedidos a elas com o advento do sistema capitalista.
Muitas foram as lutas pela igualdade, direito à trabalho, participação de votos, além da luta pelo rompimento do pensamento que colocavam as mulheres como seres pertencentes aos homens.
França, Inglaterra, EUA, Brasil, tardiamente, foram agitados por mulheres  que estavam dispostas a provar para a sociedade conservadora sua capacidade de raciocínio, em pé de igualdade entre os sexos.
 Séculos de luta, onde o termo feminismo significava busca pela igualdade, e apenas no final do século XIX, é que as mulheres tiveram seus direitos conquistados.

" A ATITUDE DAS MULHERES FEMINISTAS DEVE ANTES SER ENCARADA COMO UM PROTESTO A SUBMISSÃO DA MULHER AO HOMEM IMPOSTA PELAS LEIS DE UMA SOCIEDADE DESIGUAL".

Feminismo, hoje?

Todas as mulheres, igualmente os homens, participantes dessa causa, em busca de igualdade dos sexos, deveriam se envergonhar pela forma que o termo FEMINISMO, como o passar dos anos, qualificou-se como pejorativo.
Hoje, quando se fala de feminismo, esse termo é relacionado à rebeldia. Porém, que rebeldia é essa que busca através de lutas, a igualdade entre os sexos? 
Há quem pense que a mulher moderna é livre, e sim, perante a lei, todas temos direitos iguais aos homens. Entretanto o que não mudou foi a cabeça das pessoas!
Que espécie de igualdade foi concedida a uma mulher, casada, mãe, que possui a mesma carga de trabalho de um homem, mas que recebe menos que ele? Que chega as seis da tarde e, cansada, ainda desempenha todos os papéis domésticos? Que lava, passa, cozinha, cuida dos filhos, do marido, da casa, das compras.
QUE IGUALDADE É ESSA, dada pela sociedade, que condena a mulher como prostituta, ou mesmo como biscate, mas que concede aos homens o título de GARANHÃO?
 

domingo, 7 de março de 2010

Felicidade?

( Imagem cedida por Pablo Picasso)


 Outrora, estive passeando por esses jardins de mentira, crendo que se algo faltasse aqui dentro, eu o deveria buscar no mundo, nesse mundo de perdidas ilusões...
Assim se passaram os anos de minha vida, sonhando que amava, descobrindo que errava, amando de fato, descobrindo que me enganavam... e em um ciclo, ah, como amei... doravante, nada de crescente se mostrou em mim... pois as perdas e decepções, me foram, cada dia mais, endurecendo. Os planos de alegria, a esperança de sentimentos, deram lugar à certeza de conhecer uma raça cruel.
Indagando, especulando em minha dor, encontrei a resposta mais perversa do que a ilusão... nada desse mundo me poderia preencher. Nem amores, amigos, devaneios de paixões, dinheiro, fama... nada disso seria algo a me trazer felicidade... e também quando penso em felicidade, tenho vontade de rir, mas não é alegria, e sim desespero.
Se Aristóteles tivesse vivido em nossa geração, provavelmente ele teria desistido de dizer que a felicidade seria uma atividade virtuosa da alma, pois se de fato fosse assim, me digam, quem seria feliz nos dias de hoje?
Me expliquem, quem, de todos nós "hiper-modernos", pode se dizer virtuoso? Antes ainda existissem os continentes... mas não, estamos entre a incontinência e o vicio. Tudo isso, um resultado claro para tanto desenvolvimento... para tanto imediatismo...
A felicidade, ao menos a aristotélica, que ao meu ver, é digna de louvor, está perdida para nossa geração...
De modo que volto à reflexão, seguindo essa sequencia ocasional de pensamentos e aulas de ética, e agora pensando somente em mim, creio que ainda seria uma perda de tempo buscar algo dentro de um objeto, sapientissimo, que os tempos modernos deixaram apodrecer...
Seria mentira de um ou outro, ou de todos os atores da vida, dizer que quando voltados para si, sentem uma paz inundar seu corpo, pois não! Que a paz poderia ser, de fato, existente se desde de pequena, me tivessem ensinado que o mundo nada me daria, muito pelo contrário, me deturparia, me destruiria e faria de mim alguém muito pior. Se tivesse ocorrido assim, jamais, na esperança de me satisfazer dessa busca, deixaria tantos penetrarem em minha mente, em meus sentimentos, não deixaria que levassem nada de mim.
E nesse dilema, estou hoje repartida em dois mundos, um, que já foi quase abandonado pela desesperança e o outro que só conseguirei abandonar no leito de morte.
Olho para fora desse ser, encontro dor, mentiras, hipocrisia, olho para dentro desse ser, percebo as estruturas frouxas dos terremotos, permitidos por mim, que entraram para saciar sua discórdia; vejo o longo caminho que me espera na busca de uma paz constante, mas essa busca será muito mais do que simples exercícios matinais, como sugeriu Aristóteles em Ética a Nicomaco. Ela será uma constante atividade, que talvez, jamais me traga uma virtude, mas que com certeza fará de mim alguém muito melhor.
 Se não entenderam o que me propus a dizer, posso o fazer novamente, de cor e salteado, num resumo breve ou em uma longa declamação.
Os anos de minha vida, trouxeram, prematuramente, a idéia de que esse mundo moderno, habitado por tantos, só me trouxe remorso e dor; as pessoas que passaram por minha vida, nada me deram, nada do que gostaria que fosse preenchido, essas pessoas preencheram, e muito pelo contrário, levaram um pouco mais de mim, me tornaram temerosa, me fizeram romper com qualquer virtude.O que me fez repensar sobre a tal da felicidade.


 Se não a encontro nos outros, ela só pode estar aqui, porém, quando olho para mim, muito tardiamente, infelizmente, percebo que se ela esteve aqui, já a muito teria partido, pois ao invés de me cultivar, deixei que me destruíssem.
Dessa forma, a felicidade aristotélica, digna de louvor perante meus olhos, para mim é já perdida, para nós é já perdida, pois ela se baseia em atividades virtuosas, mas quem de nós, homens “hiper-modernos”, pode se dizer virtuoso? Quem, de nós seres humanos, pode com certeza dizer que não se deixou corromper pelo mundo, que com suas próprias mãos destruiu?

terça-feira, 2 de março de 2010

O desespero e o repouso tomam conta de mim.

Primeiro o desespero.

Depois o repouso.

PS. iniciar uma nova vida 'e simples, o dificil 'e deixar uma vida antiga para traz.